Saturday, June 20, 2009

Da porra anterior

Não faço ideia como (quer dizer faço alguma - Liceu D. João de Castro em Lisboa), mas a propósito do Facebook cheguei a Augusto Abelaira. Houve uma altura da minha vida na qual devorei os seus livros e parei com "o único animal que", livro que não gostei - provavelmente não o entendi na altura (livro a reler). Mas o que me fez escrever este post foram duas coisas: Abelaira foi professor (antes de eu ter nascido) no liceu que frequentei e nasceu numa terra a meio caminho entre o meu local de residência e o meu local de trabalho, terra essa na qual não passava há mais de um ano mas pela qual passei hoje: Ança, Cantanhede. Fazer-me facebookado logo no primeiro dia já me deu gozo.

Porra!

Ainda não estou completamente em mim depois do que fiz: criei uma conta no Facebook. É claro que eu sei que aquilo vai ficar mais ou menos abandonado e só de tempos a tempos lá irei. Tal como este blogue criado e não alimentado. Mas tenho estado sem pachorra para escritas bloguistas porque me têm bastado as escritas profissionais.

Saturday, May 9, 2009

O sabor da literatura

Na semana que findou, decorreu a Queima das Fitas da UC. Foi uma semana sem aulas, mas para mim normal no que ao restante trabalho respeita. Mas o não ter aulas proporcionou-me a possibilidade de ler três livros numa semana. Dos três, fiquei com um amargo de boca sobre um: "O Sétimo Selo" de José Rodrigues dos Santos (JRS). Tomás Noronha, personagem que já é decorrente de outros livros de JRS, revelou-se tão, mas tão frágil neste livro que até as personagens de Enid Blyton, dos meus livros dos 8 aos 12 anos, são mais consistentes. A personagem deve sofrer, precocemente, do mesmo problema da mãe e a JRS deve ter subido à cabeça a síndrome do autor de Best-sellers. Os outros dois livros foram bem melhores: "Rio das Flores" de Miguel Sousa Tavares e "O Jogo do Anjo" de Carlos Ruiz Zafón.

Saltos

Salto de um lado para outro. Estou aqui e ali. Mas por mais saltos que dê vou sempre parar ao mesmo sítio.

Thursday, May 7, 2009

Ilusões

Há ilusões de todos os géneros e feitios - para além daquelas em que tropeçamos no quotidiano. A realidade raramente é o que parece ser e, se todos os nossos sentidos nos enganam, os olhos são os mais mentirosos. Sem truques de Photoshop, uma primeira ilusão - das muitas que espero aqui publicar: serão as linhas horizontais paralelas? (a imagem foi retirada daqui).

Maturidade

Durante muito tempo acreditei que o que lia na literatura sobre a invenção de notícias nos jornais fosse apenas isso: literatura e, sendo real, algo do passado. Hoje sei que não é apenas literatura e que não é coisa do passado. Se não há notícias para encher as páginas dos jornais, inventam-se. Da ilusão dos títulos à ilusão dos textos não há distância. A minha ingenuidade vai-se perdendo entre o fumo dos dias.

Espelho dos dias

Talvez por debaixo da espuma dos dias que correm. Talvez uma recta secante na circunferência do que me cerca. Afinal de contas, uma corda segura em dois pontos.